quarta-feira, 23 de abril de 2008

200 metros com barreiras.

Após uma semana cheia de tentativas frustradas, e um feriado pessimamente recebido, a ansiedade aumenta cada vez mais ao esperar pelo ‘encontro das duas da tarde’. Ela abre o celular, eram exatamente 13h54min. Tudo bem. Ele não deve nem ter saído de casa ainda. Deitou, assistiu a globo. Super interessada no que o apresentador gordinho estava a falar incansavelmente. Depois de quase uma hora, abre o celular novamente e eram 13h57min. Ai, que nervoso. Após cinco horas de espera, às 14h15min chegou dentro das quatro paredes que mais interessavam de uns tempos pra cá. Quando citei a atração forte, é porque é forte mesmo. Do tipo trancando a porta e deixando em seus corpos apenas as roupas íntimas (ao mesmo tempo). Da porta do quarto para o sofázinho, e do sofázinho para a cama. Sem escalas. E pode colocar bastante intensidade nisso.
Passados alguns poucos minutos, seu sutiã estava conhecendo o chão gelado do quarto, e sua calcinha então... Nem se fala. Se escondeu, a danada. Fazendo tudo do jeito que ela gosta, mãos e bocas interagindo perfeitamente, ele recebeu arranhões, apertos e sussurros no pé do ouvido como forma de pedir mais. Lê-se: estava muito gostoso. Numa altura dessas do campeonato, o pudor já teria fugido completamente daquele quarto. Escuro e quente, ele era bastante tentador. Agora, os sussurros estão mais para gritinhos, e a cama, poderia ser de solteiro. Ainda sobraria espaço.
Ele em cima dela, ela em cima dele, e a provocação cada vez mais intensa. Ela encontrava-se no estágio mais delicioso de todo aquele delírio. Já não se importava mais com a altura de seus ‘sussurros’. E... “vai, vai, vai...”, um “mais forte!” de vez em quando, e o “vai, Vai, VAI” voltava a reinar. Ela já estava fora de sí, só esperando pelo momento de dizer o ultimo e mais gostoso “Vai”, e parar para respirar fundo.
E o ultimo dos “sussurros” muito altos, foi abafado pelo pescoço dele (ainda bem. Ele não estava sozinho em casa). Parados, estáticos, mortos-vivos, e suados, eles tentavam recuperar o fôlego de quem correu uma maratona. Um dentro do outro, só o que se ouvia e sentia eram os dois corações competindo para ver quem batia mais rápido.
E ela, ainda sem fôlego, pergunta: “morreu?” Ela queria correr duas maratonas em apenas um dia.

2 comentários:

Anônimo disse...

tenso!

Unknown disse...

"...os dois corações competindo para ver quem batia mais rápido..."

Sei bem como é isso ...